sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Consumismo, o maior inimigo da natureza.

O consumismo é uma das características da sociedade contemporânea que produz os impactos mais preocupantes no meio ambiente, tais como a poluição de recursos naturais e desaparecimento de espécies animais e vegetais, bem como, alterações climáticas.

O consumo invade diversas esferas da vida social, económica, cultural e politica. Tem passado a ser encarado como um dever do cidadão.

Assim, a problemática ambiental relaciona-se com os altos padrões de consumo e estilos de vida.

O século XXI está a ser marcado por profundas inovações que afectam as nossas experiências de consumo, como a globalização, o desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, o comércio através da Internet, a biotecnologia, o debate ambientalista etc. Ao mesmo tempo, novos tipos de protestos e reacções ao consumismo emergem, exigindo uma nova postura do consumidor. Já em 1992 se realizou no Rio de Janeiro uma cimeira onde se definiu que a eliminação do consumismo deveria ser das tarefas principais a serem efectuadas pela humanidade, pois só assim se poderia salvar o planeta para a catástrofe que se avizinha.

Já se passaram 16 anos desde a realização daquela cimeira convocada pelas Nações Unidas, e descontando as centenas de discursos, o incumprimento de compromissos e as mil promessas dos governantes dos países ricos e industrializados, a verdade é que muito pouco se fez. Enquanto isso, a consciência do perigo mortal vai crescendo e os efeitos da deterioração ambiental multiplicam-se.

Precisamos passar de uma sociedade de Produção Industrial, consumista e individualista, que sacrifica os ecossistemas e penaliza as pessoas, destruindo a sócio-biodiversidade, para por uma Sociedade de Sustentação de Toda a Vida, que se oriente por um modo socialmente justo e ecologicamente sustentável de viver.

O Futuro da Terra passa por todos nós.

Para se tentar enfrentar todos estes problemas surgiram muitas propostas de politica ambiental, como o consumo verde, consciente, ético, responsável ou sustentável, mas não chega.

O progresso traz benefícios para todos?


A abundância gerou a noção de que o progresso não tem limites, tudo se produz e tudo se pode deitar fora.

Os empresários e os trabalhadores pretendem, na esfera da produção, lucros e salários mais elevados, mas, ao transferirem-se para o estatuto de consumidores, reclamam preços mais baixos, segurança dos produtos e serviços à sua disposição, o controlo dos mecanismos de persuasão para a venda, etc.

Esta cultura do efémero contribuiu para a degradação ambiental: embalagens desperdiçadas, cemitérios de automóveis, rios nauseabundos, etc.

É necessário haver um consumo sustentável ou racional, que suponha muito mais do que trocar um produto prejudicial para o meio ambiente ou para os seres humanos por outro menos nocivo. Nem significa apenas seleccionar os resíduos urbanos, mas sim, questionar o nosso sistema social. É necessário exigirem-se politicas que favoreçam uma real mudança no actual sistema de produção e consumo.

Ninguém duvida que as principais vitimas a sofrer com as consequências da grave deterioração do meio ambiente são os habitantes pobres dos países menos desenvolvidos. São os que não têm automóveis, aparelhos de ar condicionado, provavelmente nem sequer frigoríficos, ou seja, não são eles que contaminam a terra e, não obstante, é sobre eles que recai mais directamente os efeitos das emissões do dióxido de carbono causadoras do aquecimento do planeta e do efeito de estufa.

O custo a pagar pela permanente agressão da natureza é elevado, pois se ela está ameaçada, com ela está ameaçada a própria vida humana. Até a Avaliação Ecossistémica do Milénio feita pela ONU e divulgada em 2005,reconhece que «as actividades humanas estão a mudar fundamentalmente e, em muitos casos, de forma irreversível, a diversidade da vida no planeta».





terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Consumismo


Milhões de euros gastos no Natal !

Levantamentos e compras com multibanco atingem valores recorde.

Na semana anterior ao Natal, os portugueses fizeram despesas recorde. Entre os dias 17 e 23 de Dezembro, os gastos realizados através dos cartões multibanco ultrapassaram os
1300 milhões de euros.

De acordo com os dados fornecidos pela SIBS, a empresa que gere o sistema Multibanco, o pagamento de compras com o cartão totalizaram por dia uma média de 110 milhões de euros.

Também aos levantamentos das caixas automáticas atingiram uma média diária na ordem dos 84 milhões de euros.

Ao todo, no mês de Dezembro, até ao dia de Natal, os portugueses gastaram
2,1 mil milhões de euros através dos cartões multibanco.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Gastar menos no Natal?

Consumidores dizem que a vida está mais cara e a conjuntura económica é desfavorável
Os portugueses estão pessimistas e dizem que, este ano, vão gastar menos dinheiro em presentes de Natal. A explicação é simples. A vida está mais cara e a conjuntura económica é desfavorável.

O Natal está quase à porta. Só que desta vez os portugueses vão apertar os cordões à bolsa. A conclusão é de um estudo da consultora Deloitte. Os consumidores dizem que a vida está mais cara e que a conjuntura económica não ajuda.

Durante o período das festas, as famílias deverão gastar menos em ofertas e destinar uma parcela maior do orçamento aos produtos alimentares.

Aumento dos gastos no Natal

Os consumidores de 10 dos 20 países abordados vão gastar mais do que no ano passado - o aumento médio situa-se entre 2,6% e 8,4%.

Nos restantes dez países, a maior parte dos quais com dificuldades económicas e taxas de crescimento reduzidas, os consumidores vão gastar entre menos 3,6% e mais 1,4%.

Assim sendo, na Europa o aumento médio do consumo no Natal deverá estar nos 3%.

A Irlanda, o Reino Unido, a Espanha e a Grécia são, por norma, os países que mais gastam nesta época do ano, enquanto que a Suíça, a Holanda ou a Alemanha, têm gastos mais moderados.

Consequências económicas

O aumento dos preços da energia - petróleo -, a escassez de matérias-primas e o aumento dos preços dos bens alimentaresm afecta necessariamente a vida dos consumidores que vêem o seu poder de compra reduzido.

Dos inquiridos, 54% vai gastar menos devido ao aumento dos preços dos produtos alimentares; 34% por causa do inflacionamento do preço do petróleo; 44% por redução dos rendimentos.

Realidade portuguesa

A maior parcela do orçamento das famílias é destinada aos presentes, embora se preveja uma diminuição do peso relativo destes no orçamento de Natal.

Os gastos com bens alimentares vão ter um peso relativo superior ao que tiveram no ano passado.

Presentes mais procurados

Na região EMEA, os livros, as peças de vestuário e o dinheiro são os três presentes mais desejados pelos adultos, embora exista uma grande disparidade entre os países.

Em Portugal, as preferências dos adultos vão também para estes três produtos, pela seguinte ordem: roupa, livros e dinheiro.

Já os adolescentes preferem as novas tecnologias. Produtos como MP3, telemóveis e jogos electrónicos vão dominar o mercado deste Natal para os mais novos.

Qualidade versus Riscos

Mais de metade dos inquiridos - 52% - admite estar muito atento às notícias sobre a falta de qualidade de alguns produtos. No entanto, apenas 20% dos inquiridos diz não dar demasiada importância a este aspecto.

Neste sentido, 66% dos inquiridos estão dispostos a pagar mais por um presente se este oferecer a garantia de que foi fabricado em boas condições.

Papel da Internet

A Internet é cada vez mais o veículo utilizado, pelos consumidores, para fazerem compras. Os livros são a prenda mais adquirida através da Internet - 48% -, seguidos da música/CDs - 37% - e pelos vídeos/DVDs - 29%.